Bilhetes dobrados até não poder mais, fórmulas escritas na mesa, uma espiadinha na prova do CDF que está do seu lado, uma bobeada do professor e 20 alunos já colaram a prova inteira, letras miúdas no pulso, entre os dedos, no tênis, na cadeira e respostas para questões que até bebês poderiam fazer.
Já colei e ainda tenho a coragem de dizer que quem não cola não sai da escola. Não me arrependo, mas também não acho isso certo porque estou sendo sacana com uma pessoa que está fazendo a prova honestamente. Mas, na hora, sempre ficamos com aquele friozinho na barriga e uma vozinha na nossa cabeça diz: é melhor colar e tirar acima da média do que não colar e ficar para recuperação, presa em casa estudando, enquanto você poderia estar se divertindo com os seus amigos.
O correto seria se preparar melhor, mais como considero nossos métodos de avaliação muito arcaicos, acho eu, que, colar tem a sua graça. A escola deveria nos ensinar para a vida, sabendo valorizar a honestidade consigo mesmo. Estamos vivendo em um país em que a educação está completamente errada e o fato de muitos alunos colarem é só a ponta do gigantesco iceberg, onde a fase da desmotivação está presente, focado para o vestibular e mil maneiras de decorar mil fórmulas e acontecimentos históricos.
Então não é bem melhor você se preparar bem antes de qualquer avaliação e tirar uma nota ótima em que você sabe que o mérito foi completamente seu? E eu posso te garantir que tirar 9.8 em matemática apenas por se esforçar um pouco mais do que a maioria, posso garantir, é o melhor sentimento do mundo.
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